A TEORIA DA UFOLOGIA E SEUS RUMOS EM QUESTÃO

 

 

 

     Mais uma vez a ufologia me incomoda...pelas suas entrelinhas bastante sugestivas e confusas ,deixando enormes lacunas no seu entendimento.Como responder a velhas perguntas.Como está o andamento dos trabalhos?Será que estamos aplicando uma metodologia correta em nossas pesquisas?Não!!!Pois não existe um olhar tão clínico como deveria existir.

 

     Gostaria de alertar aos amigos da comunidade ufológica internacional que se continuarmos a trabalhar sem um rigor mais científico ,e com uma certa dose de ceticismo questionando,analisando com mais cautela nas investigações(principalmente as de campo)usando instrumentais de outras áreas como forma de uma maior interdisciplinaridade e reconhecer nossa visão circular(que é lamentável)não poderemos ter uma evolução considerável.

 

     Devemos refletir sobre os rumos da ufologia...Será que estamos indo no rumo certo?Esse texto não dará uma solução para a problemática em que o fenômeno passa pois é uma inquietação me consome duramente,é apenas uma forma de alertar para vocês de uma realidade que muitos fingem não ver.Vendo os periódicos e os sites noto uma espécie de estagnação nas informações,não que nada esteja acontecendo,mas não vejo nada de revelador na área.Só aquelas velhas perguntas em que já viraram clichês da ufologia como:”será que estamos sós?”,ou “faremos contato um dia?”,e a mais conhecida:” eles estão entre nós!”.É complicado ficar contente numa situação dessa.

 

     Outra questão a ser repensada é o uso dos termos.Será que o termo “disco voador” ainda é válido?Depois da explosão que a mídia deu ao caso Kenenth Arnold em 1947 de uma suposta aparição de ufos sobre a região de Washington ,os ufólogos adotaram o termo para classificar a aparição de objetos desse formato.Existem vários formatos em variados tipos de avistamentos,mas o termo disco voador é generalizante!Sugiro a proposta feita por Valter Morandir em seu “Livro azul dos discos voadores” onde ele propõe que seja usada termos como OVET(objeto voador extraterrestre) e subclassificações como DD(disco diurno)em caso de objetos discóides vistos de dia ou DN(discos noturno)em caso de noite,o livro apresenta muitas informações interessantes que devem ser vistas e outros exemplos de termos a serem aplicados na nomenclatura dos ufos. Tudo que se vê de anômalo no céu os ufólogos já atribuem aos “discos voadores”.Um objeto desconhecido visto no  céu deve ser encarado sob uma nova visão antes de ser analisado por nosso instrumentos de investigação.Portanto é preciso ter cuidado no uso dos termos e na aplicação da teoria na investigação de um aparecimento de ufo.

 

     Jacques Valleé me deu um aprendizado importante sobre a interpretação na teoria da ufologia,Devemos encarar o fenômeno sob outro prisma,não só como natureza alienígena mas como um fenômeno de uma significação mais ampla. As narrativas nos depoimentos por mais que seja fraude tem um significado.O que leva as populações do interior como em Miguel Alves(PI) e Quixadá(CE) por exemplo se trancarem em suas casas com medo dos “aparelhos”?A importância histórica existe e devemos reconhecer isso.

      Uma coisa que me deixou feliz recentemente foi a atitude de pesquisadores no esclarecimento nos lamentáveis casos “Dino Kraspedon”(Brasil) e o caso “Vidal”(Argentina) como mentiras deslavadas e que devem ser esquecidas de imediato e continuar em coisas mais importantes.È assim que a ufologia deve agir,como um estudo esclarecedor para a sociedade mostrando o que é e o  que não é.

 

     Reconhecer nossos erros e ajustá-los e nos orgulhar de nossas façanhas como motivação para seguir em frente.Vamos pensar bem sobre nosso destino; a ufologia chegar ao status de ciência é algo por enquanto meio complicado, mas não chega a ser impossível.Precisamos trabalhar mais na sistematização e produzir algo mais cientifico.Não podemos confundir a verdade com a necessidade de acreditar.Espero que todos reflitam...

 

 

 Francisco Aristides,é acadêmico de

Historia na UFPI , integrante da

UPUPI.

 

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