PARNARAMA(MA):Uma onda alucinante

 

Por Flávio Tobler*

 

 1.O Fantástico e o real

     De tempos em tempos, o Brasil é sacudido por ondas ufológicas. Elas se manifestam em determinadas regiões por um certo período, chegando a causar pânico a moradores de pequenas cidades e lugarejos próximos. Povo humilde e inculto, motivado pelo medo e a  falta de maiores esclarecimento sobre o fenômeno Ovni, logo cria-se um clima de terror. As informações que são passadas de “boca em boca” logo chegam mais a frente adulteradas, tornando ainda mais crítico a situação.

    Na década de 1970, estranhos fenômenos começaram a ocorrer no litoral e interior do estado do Pará e Maranhão. As notícias espalharam-se rapidamente por toda essa região, segundo o povo, estranhos objetos perseguiam, e queimavam com faixo de luz homens e mulheres. Tiravam o sangue de suas vítimas, originando daí a expressão “chupa-chupa”, nome que ficou conhecido popularmente. Em outras regiões, com no Maranhão, o fenômeno também era conhecido como  “aparelho”, cujo depoimento das testemunhas assemelhava-se a uma “geladeira” ou “fogão”. A seguir, temos uma ilustração de como se daria o contato em uma de suas formas.

Parnarama

  Figura 1. A vítima é atingida por um raio paralizante. Fonte: o autor

    O fato em si gera muita polêmica, há muitos mecanismos de informação, bem como pessoas que não procuram pesquisar o assunto profundamente(In  loco). Ouve  de terceiros, e produzem histórias fantásticas que são passadas a opinião pública e pela mídia deturpadamente, e sem consistência. O próprio fenômeno já foge a realidade em que vivemos, imagine quando se cria fantasias em cima dele.

    Pensando em tudo isso e com o firme propósito de divulgar a verdadeira casuística ufológica que ocorreram em todo o Estado do Piauí e regiões ribeirinhas, a Associação Piauiense de Pesquisas e Estudos Ufológicos(APPEU), hoje desativada, realizou três pesquisas de campo na cidade de Parnarama(MA). Permanecemos por lá alguns dias, em  cada viagem programada aquele município maranhense. Documentamos  e entrevistamos as testemunhas, pois tínhamos o objetivo maior de conhecer a dimensão dos fatos e sua realidade. O artigo aqui exposto é fruto desse trabalho, o que vale resaltar os créditos a toda equipe.As viagens foram cansativas, mais gratificante. Embora  a fadiga por momentos nos abatia-nos, estávamos convictos de um dever cumprido......a verdade. 

2.Palco dos Acontecimentos

    O Maranhão, Estado vizinho ao Piauí, também é muito rico em casuística ufológica, e por está mais próximo a capital teresinense, a equipe da APPEU promoveu algumas viagens até aquela região. objetivando compreender melhor o que acontecia naquela região. distante apenas 86 Km ao sul de Teresina, a margem esquerda do rio Parnaíba, a cidade é muito simples. Não existe ponte que ligue os dois Estados. A travessia é feita por pontão, fato que ainda hoje acontece. Até 1987, época em que começamos a realizar as pesquisas de campo, a população do município era de 35.200 habitantes, concentrando-se na sede 12%. Naquela época havia em Parnarama duas agências bancárias, um posto telefônico, um de saúde, creche, dois clubes etc. o abastecimento de combustível era feito através de tambores. A economia era basicamente primária com predomínio de agricultura rudimentar e pecuária de corte.

    O município é praticamente isolado, distantes das grande rotas rodoviárias de importância, sem grandes riquezas conhecidas, sem ocorrências de minerais. Não havia no município instalações quaisquer, seja militar, civil, energética ou industrial. Entre a população, de gente simples mas de grande sinceridade, predomina agricultores e pequenos comerciantes, de nível econômico-cultural considerados baixos. Estes  fatos representaram apenas o espaço e o tempo das pesquisas, com o propósito maior de construir de forma clara as condições encontradas ali. Hoje  a realidade é bem maior, não dispomos de dados estatísticos, nem dos aspectos do município, já que há bastante tempo não visitamo-la.

    Existe um hábito entre os homens moradores daquela região, de realizarem caçadas noturnas a sós ou em pequeno grupo, visando melhorar a alimentação familiar ou pelo puro prazer de caçar. Entre eles há também o compromisso tático de não correr do perigo, sob pena de perder o bom conceito de caçador valente e destemido. Na parte banhada pelo rio Parnaíba, é comum também a pesca artezanal, com a mesma finalidade.

    De 1981 a 1986 Parnarama foi palco de uma onda ufológica, fato este que na época mudaram os hábitos do povo daquela região. alguns moradores da sede e regiões circunvizinhas deixaram de ir as “esperas” (caçadas noturnas), pelo medo que se espalhou com as notícias do fenômeno conhecido com “chupa-chupa” e o aparecimento das “bolas de luz”. A partir de então, muitos caçadores destemidos não saem as caçadas com freqüências, e quando o fazem, estão sempre acompanhados por alguém. já outros desistiram totalmente de tal prática.

    Nossa equipe, além de pesquisar muitos casos que lá ocorreram, realizamos em uma de nossas viagens, palestra na presença de aproximadamente 60 pessoas, entre populares e pessoas ilustres da comunidade local, as quais lotaram completamente o auditório da câmara municipal. Expomos ao público um histórico sobre o fenômeno, o que são os Ovnis, como se comportam, tipologia, formas de contatos etc. tudo com acompanhamento de slides e retro-projetor. Tivemos por finalidade levar um pouco de conhecimento mais atualizado sobre o fenômeno a população local, tendo em vista a enorme confusão e a superstição que surgiram na região, desde que começaram os acontecimentos ufológicos.

    Pesquisamos alguns casos polêmicos, como o de Raimundo Sousa, José Batista Lima, que supostamente forma mortos pelo “chupa-chupa” , e após investiga-los, estuda-los, chegamos a conclusão que tudo não passaram de suposições feita pelos populares e familiares das vítimas, devido a forte onda ufológica que ocorria na região, e os mesmos por estarem aparentemente em saúde perfeita.

    Queremos deixar bem claro ao leitor, que todos os casos narrados aqui, de nada foram alterados, e sim complementados por nossa equipe, além do mais, pelo simples fato dos mesmos conterem termos que são oriundos da própria região. Sentimos a necessidade desde o início, de levar a verdade ao conhecimento de todos, e com o espírito de justiça, não julgamos culpados, os seres que jamais, ou melhor, por muito tempo ainda, não saberemos suas intenções e procedência.

3.O efeito “Chupa-chupa”

    Não sabemos de qual localidade surgiu inicialmente esta palavra. Possivelmente de uma região paupérrima, e de pessoas que consideramos o nível cultural, ignorantes. O medo cria fantasias, e sobre o pânico o povo multiplica as suas histórias. Não queremos defender o “desconhecido”, pelo contrário, tentarmos entender o sentido real dos fatos. Possivelmente o fenômeno Ovni foi generalizado naquela região, e infelizmente no sentido negativo. Não temos relatos de um contato mais profundo, isto é, de alguém que tenha passado a fronteira das chamadas “bolas de luz”, e que saiba o que há por além delas. Quem garante que não existam diferente seres e objetos agindo ou sobrevoando aquela área municipal e regiões vizinhas. Existe um velho ditado que diz que “um paga por todos, e todos pagam por um “, sendo assim, a sua incidência provocou um efeito nocivo aquela sociedade.

    Se realmente houve contatos traumatizantes em que as testemunhas tiveram parte do seu sangue retirado, e até vítimas fatais decorrente desse encontro, desconhecemos. As pessoas entrevistadas, nenhuma tiveram experiência semelhante, pois na maioria dos contatos, elas fugiam desesperadamente do objeto luminoso. Somente aqueles que foram encontrados mortos, permanecem com eles as confirmações se houve ou não algo inusitado. Isso jamais saberemos, talvez fosse a prova definitiva desta incógnita, ou a certeza de que nada com eles se passaram.

    Partindo do princípio que realmente houve a retirada sangüínea das vítimas, seja em pequenas proporções, podemos concluir alguns pontos que achamos justificativos para as suas atitudes:

n    Como o sangue é a parte mais vital do corpo humano, e nele contém todos os elementos necessários para nossa sobrevivência, como também ainda o nosso DNA, nada mais lógico para alguém que venha de longe e que tecnologicamente nos é superior, encontre nele o melhor meio de estuda-nos mais profundamente.

n    Se os seres responsáveis pelo fenômeno “chupa-chupa” são fisicamente e biologicamente diferentes dos humanos, e o nosso mundo não permita que os mesmos permaneçam por longo período, talvez estejam usando o processo de “clonagem”, para conseguirem réplicas de pessoas que infiltradas em nosso meio não levantariam qualquer suspeita. Tornando os caminhos abertos para os seus objetivos.

n    Se o mundo em que habitam passa por um processo que em breve não permita que eles fiquem, e os mesmos já abandonaram a reprodução sexual, possivelmente estejam fazendo uma “coleta sangüínea” de muitos mundos, e testando uma união ou transformação biológica e genética satisfatória, que facilitem a sua sobrevivência em nosso meio.

n    O fato de serem superiores em tecnologia, não descarta a hipótese de que uma determinada civilização, embora hoje já tenham abandonado a corrida armamentista, sofra em conseqüência do passado, de alguma doença ainda sem cura, e que tenha em nosso sangue substâncias essenciais para suas pesquisas ou sobrevivência. Em nosso planeta temos os hemofílicos.

n    Se os seres extraterrestres de uma certa espécie estão usando esse meio para propósitos desconhecidos, não podemos condena-los antecipadamente, pois quem sabe os mesmos estejam “trabalhando” para o aprimoramento da nossa própria espécie, e não encontraram outro meio de realizarem.

 

4.Porque os Ovnis à escolheram ?  

    Seria gratificante para nós ufólogos, se soubéssemos o propósito e preferência dos Ovnis por determinadas regiões. Talvez já teríamos milhares de fotos e filmes com qualidade superior a que existem hoje. Pois em muitos casos, já estaríamos quem sabe a sua espera mesmo antes de seu aparecimento. Difícil na realidade, é tentar explicar porque pequenas cidades e lugarejos tão isolados das capitais, tornem-se alvos preferidos dos Ovnis. Não deixando de ver, que em situações inversas, eles nos surpreendem e deixa-nos confusos quando aparecem em grandes metrópoles.

    Necessitamos a todo custo de respostas, que nos permitam abrir caminhos quase intransponíveis para o fenômeno. Juntando pedaços desse imenso “quebra-cabeça” , chegamos a conclusões que só o tempo irar confirmar se as mesmas são verdadeiras. Não queremos sermos dono da verdade, mas quem sabe um dia fazermos parte dela. Mergulhados em todas as respostas, saciar de vez, as questões mais intrigantes quando o assunto é ufologia.

    Parnarama , por motivos ainda desconhecidos, foi escolhida para ser palco de uma intensa onda ufológica, como muitas outras espalhadas pelo País. O fenômeno em si, representa mais um mistério para nossas confusas conclusões, mas levanta hipóteses que aqui expomos com o desejo real de entender todas as ocorrências. Não sabemos o objetivo desses seres por aquela região. talvez nossas suposições estejam muito longe do caminho certo. Mas, juntando fragmentos de tudo isso, quem sabe um dia desvendaremos todo esse enigma. Afinal, não há segredos que perdurem por toda existência.

    Sempre depois dos casos pesquisados naquele município, nos questionávamos porque aquele local despertaria tanto interesse. Seria casual, ou estaria algo “maior” por traz de tudo. Se as ondas ocorrem, seja em determinados lugares ou a nível mais abrangente, alguma explicação haverá. Foi pensando nisso, que levantei algumas hipóteses para o fenômeno naquela região. não posso afirmar se estou no rumo certo, nem tão pouco se as mesmas justificam as ocorrências. Quando o assunto é Ovni, talvez as “respostas” estejam muito além da realidade, pois as suas manifestações ainda pertence a “terra de ninguém”. O que se fala é bem ouvido, o próprio avanço da ciência global está permitindo que muito em breve tenhamos as respostas.

    Acreditando que é possível estabelecer um despertar do leitor para questionamentos mais profundos quanto ao interesse dos Ovnis por Parnarama(MA), imagino que é possível buscar respostas, mesmo que pareçam absurdas e irreais. Aqui elaborei três hipóteses possíveis e questionáveis:

 

5. Hipóteses dos contatos:

  5.1 Estaria na forma geométrica do município 

    Sabemos que tudo que existe no universo tem uma forma, e consequentemente  suas medidas geométricas. Há determinados objetos que aparentam simplicidade, mas nos chamam a atenção quando olhamos em um sentido mais profundo. Seja uma nuvem em forma de animal, um morro de pedra esculpido pelo vento ou uma poça com água que lembre alguma coisa. Por outro lado, existem muitos que propositadamente são construídos com uma intenção chamativa. A maioria são visto em terra, já outros são visualizados do alto e a grandes altitudes. Seja por um avião, satélite ou algo semelhante.

    Brasília por exemplo, quando vista de cima, tem seu formato parecido com um pássaro. Próximo a Piracuruca(PI), temos o Parque Nacional de Sete Cidades, onde encontramos muitas pedras que pela ação do vento e da chuva, esculpiram imagens que lembram animais, pessoas, objetos etc. Quem já leu algum artigo sobre a planície de Nazca, no Perú, pode ver nas fotografias, estradas esculpidas que não levam a parte alguma. Quando vistas do alto, formam imagens que poderia servir de sinais par pilotos d aeronaves. O maior mistério, é que elas estão lá a séculos.

    Parnarama, não sabemos porque, tem sua forma geométrica diferente dos outros municípios. Pessoas que ocasionalmente a sobrevoam, descrevem-na parecida como uma “meia-lua”. Já a equipe da APPEU, quando esteve realizando uma entrevista na residência do Sr. Lauro Barbosa, um dos fundadores e ex-prefeito do município. Observamos  em um quadro na parede, a planta da cidade na época de sua emancipação. Realmente a sua curvatura é curiosa, não sabemos ao certo com que parece, e quem garante que não lembre alguma coisa. Talvez represente uma simbologia desconhecida, e que chame a atenção de outras civilizações. Quando viajamos por uma estrada, seja de qualquer transporte, a paisagem pela qual passamos, torna-se monótona, e ao depararmos com uma diferente, fitamos o olhar e paramos as vezes para dar uma “olhadinha”. Quem sabe o que simples nos aparentam, para “eles” tenham um significado maior e profundo. Na realidade, parece que o interesse dos Ovnis pelo nosso Planeta é bem maior do que o nosso.           

5.2 Um portal Hiperdimensional 

    Se o universo é infinito ou finito não sabemos. Existem muitas teorias que tentam explicar sua origem e extensão. O que realmente conhecemos com certeza, são as distancias que separam muitos astros no cosmos. Se estas naves viajassem a velocidade da luz(300.000 Km/seg), e utilizando como referencia a estrela mais próxima da terra, levaria pouco mais de quatro anos para chegarem aqui. Não seria lógico e viável uma viagem tão longa para uma permanência tão curta. Mais se as mesmas utilizassem caminhos e meios desconhecidos e imagináveis por nós, levariam nada menos do que segundos ou minutos para chegarem aqui desde os confins do mundo.

    Usando esta teoria, talvez as naves viagem por outras dimensões, onde o tempo e espaço sejam manipulados e controlados. Por esses “caminhos”, os nossos “visitantes” para materializarem-se em nosso Planeta, use portais, e por eles manifestam-se em nosso universo. Assim como usamos as rodovias para chegarmos a um lugar, o cosmos, ainda intocável por nós, possua uma rede de canais não visíveis que interliguem milhares ou milhões de astros.

    Quem poderá garantir-nos que Parnarama não ficaria próximo ou mesmo dentro dessa abertura dimensional ?. Se isso for real, e sabendo que a terra está sempre em movimento, seja sob si mesma e astros vizinhos, em cada época esse portal estaria em novo lugar, dando origem a mais uma onda ufológica .     

5.3 Além do corredor Bavic

    Se pudéssemos enumerar com alfinete em um globo os locais que foram registrados a presença dos Ovnis, talvez alguns continentes ficariam irreconhecíveis pela grande quantidade das ocorrências. Mas se pegássemos uma reta e a traçasse por todo esse globo na altura da maioria dos contatos, veríamos que grande parte segue um caminho ortotênico(estendido em linha reta). Foi o que Aimeé michel descobriu. Ele verificou que em nove casos pesquisados, 6 alinhavam-se em uma reta. A esta linha imaginária, deu o nome de “Bavic”(palavra formada por lex Mebane com as letras iniciais de Bayona-Vicny). Este corredor passa pelo Brasil, entrando por Fortaleza(CE), indo até Ponta Porã(MT). Cruza também parte uma parte do Piauí, contribuindo assim para uma maior casuística ufológica em nosso Estado.

    Utilizando este princípio, e complementando ainda mais, suspeitamos que Parnarama seria uma alvo mais fácil, como também todos os Estados que estariam geograficamente próximo a esta linha imaginária. Mas a questão estaria em que existem outros lugares bem mais perto. Já que o corredor “Bavic” não passa por cima deste município, e sim lateralmente a muitos quilômetros. O que a tornaria alvo de aparições e de grandes contatos?. Acreditamos que se um vôo de um avião comercial muitas vezes realiza escalas em muitos lugares. Com descidas e tempo de espera. Talvez aquele município seja um ponto de espera ou chegada de muitas naves. Ou ainda, que este corredor tenha seus pontos de derivações, semelhantes a uma “espinha de peixe”. Onde  os Ovnis dispõe de um limite de viagem, retornando em seguida a linha central do corredor.

    É provável ainda que existam ainda outros “corredores”. Possivelmente a região seja um “entroncamento” ou “início”  de um outro corredor. Se isso for verdade, e usando a tese de que Parnarama é o “ponto de largada” de um novo caminho. Suspeitamos ainda que de lá partiriam “subcorredores” que interligariam muitas regiões tanto do Piauí com do Maranhão.

6.Casuística de Parnarama  

    Nossa equipe pesquisou muitos casos naquele Município. Lamentamos porém, não termos ido na época da intensa “onda” ufológica. Quando por lá estivemos, permanecemos por um curto período. Se tivéssemos feito uma cobertura completa, principalmente nas regiões circunvizinhas e mais isoladas, naturalmente que o somatório das ocorrências, seria o suficiente para uma publicação de um livro.

    Embora a vontade de pesquisar fosse imensa, cada integrante do grupo tinha suas responsabilidades. Isto tornava-se um obstáculo, pois o tempo de permanência no município, era muito restrito. Sem falar ainda no difícil acesso a determinados lugares. Registrávamos o que estava ao nosso alcance e aos nossos ouvidos.

    Povo acolhedor e hospitaleiro, sempre nos recebíamos com satisfação. Embora encabulados e tímidos, aos pouco iam se “sentindo em casa”. Com tamanha gentileza, ficávamos as vezes sem jeito. A curiosidade surgia de ambas as partes. A nossa pelos detalhes do contato, já a do povo querendo saber o que era o “aparelho”.

    Pesquisamos também no município de Matões, próximo a Parnarama. Tínhamos o entendimento de que era uma área circular de ocorrências. O nosso interesse também se baseou no relatos de dois casos importantíssimos. O primeiro pela “queda” suposta de um Ovni, e o segundo, mais importante, pela provável morte de Raimundo Sousa, ocasionado pelo “Chupa-chupa”.

    Aqui estão expostos casos que você leitor, fará o julgamento. Não fantasiamos os contatos, pelo contrário. Levamos  ao seu conhecimento, a realidade que foge aos fatos normais. E nessa normalidade que nos é tão familiar, sabemos que as respostas estão lá fora. Que não basta somente buscar as ocorrências, mais entende-las em suas origens.

6.1 “Dia claro na mata escura” 

    O Sr. Jorge leita, 50 anos, agricultor, residente em Parnarama, foi protagonista de um caso ufológico. Tudo aconteceu em uma de suas caçadas noturnas, quando por volta de 22 horas, estava de espera armada no alto de uma árvore, na escuridão da mata, quando subidamente, sobre ele um potente refletor foi acesso. Era uma luz fina, que olhando para baixo, no chão podia-se enxergar até uma “agulha”.

    Complementando mais ainda, o mesmo afirmou que o facho luminoso, parecia com solda elétrica, mas permanente. A experiência que o Sr. Jorge leite passou, foi sem dúvida, uma situação bastante invulgar e extravagante, até mesmo para um caçador veterano e desassombrado. Tanto que no primeiro momento, sua reação foi de enfrentar “aquilo”, dar um tiro. Logo em seguida, pensando em tratar-se do “chupa-chupa”( aparelho que se aproxima das pessoas, paralisa e chupa o sangue, segundo o conceito popular), do qual já tinha ouvido falar, então desceu da árvore, quase se jogando ao solo. Embreando-se em seguida, mato a dentro, ferindo-se na correria. No percurso da fuga, olhou para trás, e viu que a estranha luz permanecia estacionada e assim ficou até perde-la de vista. Desde esse dia em diante, o Sr. Jorge Leite, recusa-se a sair a noite para caçar, mesmo acompanhado.                                                                                              

6.2 “ Uma estranha forma” 

    O caso aconteceu com o Sr. Lauro Barbosa Ribeiro, ex-prefeito do município. Apesar da idade e do tempo decorrido, ainda guarda na lembrança todo o ocorrido. Ele ouvia sempre falar das estranhas luzes que apareciam na região, mas pensava ser imaginação do povo. Num entardecer, quando se encontrava sentado em frente a sua residência, juntamente com sua nora e mais dois companheiros, percebeu repentinamente a nordeste, uma luz avermelhada. Ao  vê-la, comentou com os presentes, se  o objeto era o “chupa-chupa”, ao mesmo tempo que também frisou ser uma estrela cadente, quando a “luz” ao passar pelos presentes parou e apagou. Imediatamente a mesma acendeu já em forma de um grande avião, grande e iluminado internamente e transparecendo a luz. Prosseguiu por um instante e adiante apagou-se. A testemunha afirmou que não ouviu nenhum barulho. O seu tamanho, assemelhava-se a um avião bimotor. Sua altura, estimava-se em 300 metros, tomando por base a sua casa, que fica ao lado da principal praça, esta última encontra-se de frente par o rio Parnaíba.

6.3 “Ovni joga facho de luz paralizante””                                                                                              

    O fato ocorreu com o senhor Luís Silva Rodrigues da Silveira, 34 anos, comerciante, residente em Parnarama. Num dia de agosto de 1985, o mesmo saiu para uma caçada, como era seu  costume. Escolheu o local e logo subiu numa árvore, onde armou uma rede par aguardar a passagem da caça. Seus companheiros de caçada se instalaram da mesma forma, mantendo entre si uma distância que eles consideravam razoável, fora do alcance de algum tiro de espingarda.

    Aproximadamente às 20 horas, de cima da árvore, avistou dois focos de luz, pequenos, mas que estavam se aproximando do local que estava. Luís comentou que pensou logo no “chupa-chupa”, como o fenômeno é conhecido naquela região. sobressaltado, observou que as luzes estavam cada vez mais próxima da espera, e a essa altura dos acontecimentos, se encontravam a uns 40 metros de distância.

    Apressado, Luís tratou de descer da árvore, mantendo-se junto ao seu tronco. Quando os “aparelhos” chegaram, conta a testemunha, “jogaram sobre mim um facho de luz”. Tal luz foi descrita como de cor vermelha, e deixou-o desequilibrado, sem contudo chegar a cair no chão.

    Sentiu-se que estava ficando imobilizado, a sensação era de paralisia. Mas reunindo forças, começou a correr mata a dentro, levando consigo apenas a espingarda, deixando todos os outros apetrechos que levava para a caçada no local.

    Os companheiros do comerciante, também entrevistados por nós, no entanto, não presenciaram o  fenômeno. Luís explicou ainda que as duas “bolas de luz” eram realmente pequenas, e de fato não davam para chamar a atenção a grandes distâncias. mesmo assim, um dos companheiros de caçada, de nome Joaquim Casé(vereador de Parnarama na época), diz que não viu a luz, mas lembra que na hora que ocorria o avistamento de Luís, sentira uma espécie de choque, uma reação estranha, sem qualquer causa aparente. A testemunha do contato lembra que correu e andou no escuro da mata, sem saber onde se encontrava, até que chegou, quase esgotado, numa fazenda de um conhecido.                                                                                                                     

6.4 “Batalha na mata: Raio X Tiro de espingarda” 

    O caso aconteceu com o Sr. Manuel de Arlindo, morador do lugar “Sapé”, próximo ao município de Parnarama. O mesmo encontrava-se ausente no momento de nossa estada, mas foi narrado pelo Sr. José de Oliveira Chaves, pessoa e convivência da testemunha, e que conhece muito bem o caso.

    O fato aconteceu quando o Sr. Manuel estava caçando a noite, sozinho, de espera armada, no alto de uma árvore. A sua atenção foi despertada por uma luz que se deslocava no ar, acima da copa das árvores. Percebeu claramente que a mesma vinha se aproximando em direção ao lugar que estava. Embora sua velocidade fosse relativamente lenta e deslizasse silenciosamente. Tentando se refazer do susto, continuou a acompanhar com vista a aproximação da estranha luz, quando sentiu que fora atingido por um raio, partindo daquele objeto voador, que no entanto, nem chegou a perceber o seu formato, naquele momento.O raio pareceu inofensivo, pois o caçador, conhecido pelo seu destemor, “quebrou” a espingarda par arma-la e atirou contra o aparelho.

    Em seguida, o objeto luminoso subiu na vertical a uma velocidade espantosa, tanto que não foi possível acompanhar a sua trajetória. No entanto, para seu espanto, na mesma direção que tinha surgido o primeiro, apareceram dois outros focos de luz, que estacionaram como o outro, próximo a árvore, parados no ar. Nesta situação, o Sr. Manuel Arlindo percebeu que tinha cometido um grande erro ao tentar alvejar a luz. Sentido-se em perigo, e descendo rapidamente da “espera”. Percorrendo em seguida, mata a dentro, sendo seguido pelo dois focos de luz do alto.

    Caminhou muito e já cansado, ele achou que tinha chegado o “seu dia”. Ajoelhou-se, pedindo clemência àquelas luzes. Seja lá o que fossem, a essa altura, lembra-se que as mesmas se transformaram de  foco concentrado para luz fraca e difusa. Permanecendo assim, sem se alterar, por um período de tempo. Mas aliviado e descansado, por ver que nada lhe tinha acontecido, levantou-se e saiu andando, tendo encontrado uma casa, que depois reconheceu como estando no lugar ”palmeira de baixo”.

    Chamou alguns moradores do lugar, que saíram e também ficaram observando as luzes paradas a uma certa distância. Logo depois de vários minutos, observaram uma delas apagar-se e a outra subir lentamente na vertical, até confundir-se com uma estrela. Outro detalhe desse caso é que, quando ele estava “se entregando” à aquilo, percebeu quando a luz mudou de foco, o formato dos dois objetos voadores. Era semelhante a uma frigobar(geladeira pequena). A luz procedia do fundo, da parte quadrada embaixo do aparelho. A cor do objeto era cinza metálico, fazendo barulho semelhante ao de motor de geladeira.

    Este contato deixou seqüelas no Sr. Miguel de Arlindo: apareceu nele, umas manchas escuras que tomava todo o seu corpo. Tendo perdurado por uns 4 meses, que ele atribuiu ao raio jogado sobre ele pelo primeiro objeto voador.                                                                                                 

6.5 “Ovni persegue mulher em Buritizal”

    A senhora Maria Luzia da Silva, residente na rua 11, bairro nova Paranarama, no município de Parnarama, foi testemunha de uma experiência desagradável com um Ovni. Na época, a mesma estava com 60 anos. Foi lavradora, e hoje devido a idade não exerce mais a profissão. Conta Luzia, que na ocasião encontrava-se com sua filha de resguardo em sua casa. Quando por volta das 4 horas da manhã, pegou a lamparina, uma sacola e uma peixeira, e saiu de casa com destino a um brejo próximo ao local onde lavavam sempre as roupas. Neste lugar havia alguns pés de buriti.

    O tempo estava ainda no mormaço, escurecido. Pretendia tirar alguns frutos para leva-los a sua sobrinha residente naquele município. Prosseguia por uma veredinha( caminho estreito) sozinha. Chegando ao local, pegou três frutos que estavam no chão, mas a árvore  encontrava-se dentro de um cercado. Na ocasião, não lembrava-se dos comentários na região sobre as estranhas luzes que vinham aparecendo. Abaixou-se para passar pela cerca, e ao colocar a cabeça entre os arames, lembrou-se de olhar para o céu. Neste instante, viu uma luz bem alta, e como estava distraída, imaginou ser uma estrela. Porém ao cruzar o cercado, olhou novamente para o alto, quando assustadoramente viu a mesma luz já quase sobre a sua cabeça piscando em várias cores; vermelha, azulada, etc.

    Neste momento, recordou-se dos comentários sobre o “chupa-chupa” , e apavorada, saiu em desabalada carreira. Havia no caminho vários paus amontoados e uma cerca de arame que dava para casa de um velho. O pânico tomou de conta de dona Luzia, que não escolheu lugar para passar, indo de encontro aos mesmos. Caiu para trás, ao bate com a cabeça em um deles. 

    Percebeu que o “objeto” encontrava-se muito baixo, aproximadamente a uns 5 metros do chão, e continuava a segui-la pela copa das árvores.

    No seu incerto trajeto, a testemunha caiu e levantou várias vezes, inclusive foi de encontro a uma cerca, caindo novamente. Ao conseguir pula-la, havia um igarapé com uma ponte sobre o mesmo que facilitava a sua travessia. Mas diante do fato assustador, luzia não teve condições de localiza-lo, jogando-se na água. Ao atravessai-lo, foi gritando pelo nome de “Zé baixinho” , velho residente numa casa próxima ao igarapé. Retirou a porteira, e ao passa-la, o senhor já estava a socorre-la. O mesmo demorava a dormir, e na ocasião encontrava-se acordado.

    Com os nervos abalados, mal dava para respirar. Mesmo assim, conversaram ainda por um curto tempo. Mas tarde, voltaram a varanda para ver se a luz ainda estaria por lá. Verificaram que a mesma, não muito distante, sobrevoava, sem o menor ruído, sobre as árvores. A testemunha declarou, que a “luz” era “tão forte que parecia de dia”. Refazendo-se do susto, esperou o dia clarear, voltando para casa.

6.6 “José Batista: Morte natural ou conseqüência de exposição a Ovni”

    Na época do acontecimento, o Sr. José Batista Lima tinha 47 anos, era casado e funcionário da prefeitura de Parnarama. O caso nos foi narrado pelo seu irmão Antônio Batista Lima, comerciante, residente também naquele município.

    Ele nos conta que, na noite de 25 de junho de 1982, seu irmão saiu com dois companheiros de caça para uma caçada no lugar “mata do guerreiro”, caçadas essas que, na região, os caçadores se separam. Cada um fica sobre uma árvore alta, a espera de um animal para abatê-lo. Somente reencontra os companheiros no amanhecer do dia seguinte.

    Conta os outros dois colegas de caçada, que por volta de meia noite, ouviram um tiro dado por José Lima numa caça( é costume, após abater a caça, deitar-se na rede armada na copa da árvore e dormir até o dia amanhecer, para não atrapalhar ou ser confundido e atingido pelos outros). Mais tarde, pelas 3 horas da manhã, perceberam espantados, um foco de luz muito forte e azulada que acendeu sobre a copa da árvore onde José Batista estava. Tendo durado alguns minutos, iluminando tudo ao redor( não foi notado nem ruídos ou som ligado à presença daquele foca de luz).

    As 5 horas da manhã, os dois companheiros desceram, encaminhando-se para a “espera” de José Batista, comentando sobre aquela luz misteriosa. Lá chegando, encontraram a caça(um veado) morto, junto ao tronco, e ele arrumando seus apetrechos para descer. Conta eles que o mesmo desceu conversando, mas quando “fez terra”, começou a sentir-se mal e acusar uma agonia. Os colegas perguntaram pela luz, mas ele nada vira, pois  de fato tinha adormecido após abater o animal. Chegou a dizer que não estava bem, pediu água e remédio para dor de cabeça, não falando mais nada, e em seguida falecendo.

    Seu peito estava avermelhado e no seu pescoço, foi notado algo parecido com uma porção de minúsculas picadas ou agulhadas. Desesperados, seus companheiros o colocaram na rede e o trouxeram para a cidade afim de entregar o corpo a família. No percurso passaram por umas casas de agricultores que confirmaram terem visto a mesma luz passando por aquele lugar.

    Por se tratar de gente simples, e por falta de recursos médicos, não foi feita autópsia para identificar a verdadeira causa de sua morte, embora a opinião popular local atribua à estranha luz que o focalizou, enquanto dormia.

Comentário: Quando entramos em uma floresta, seja ela fechada ou semi-aberta, ficamos expostos a muitos perigos. Poucas pessoas previnem-se diante dessa situação. Seja  o caçador ou pescador, esquecemos as vezes, que ao invés de pegarmos a nossa preza, podemos nos tornar a vítima. Não queremos justificar e diagnosticar a causa da morte do Sr. José Batista. Não somos médicos e nem peritos nessa área. Mas, supostamente temos a explicação que se não verdadeira, pelos menos ameniza a nossa curiosidade.

    A mancha avermelhada no peito da vítima, poderia ser conseqüência da parada cardíaca e respiratória, que neste casos aparece pela falta de oxigenação. Os furos no pescoço, poderiam ser de insetos e mosquitos, e não usando repelente, estamos mais expostos a eles. Poderia a vítima ainda, está com carga estática muito grande em seu corpo, e estando isolado do chão, quando tocou-o, houve a descarga. As vezes temos problemas cardíacos e nem sabemos, imagine alguém numa região pequena e de poder aquisitivo baixo, que nem sempre faz rotina de exames médicos.    

                                                                                                            

6.7 “Rio Parnaíba: Uma rota dos Ovnis” 

    Caso ocorrido com a Sr. Francisca da Silva Pereira, 43 anos, doméstica, residente no município de Parnarama. A mesma encontrava-se à margens do rio Parnaíba, aproximadamente as 19 horas. Haviam outras pessoas conhecidas no local. De repente, na mesma margem, viram acender um foco de luz difusa, que se dirigia no rumo delas. As mulheres correram para esconderem-se debaixo de umas palmeiras existentes perto daquele lugar.

    A luz deslocou-se passando por cima das palmeiras. Em seguida, as mulheres, bem como a própria Francisca, correram de volta para suas casas. No caminho, encontraram um rapaz, que também estava bastante assustado com a mesma luz. A testemunha descreveu esta luz com “muito forte, que dói a vista”, e nem apresenta nenhum ruído.

                                                                                                         

7. “ Coincidência” ou Casualidade? “ 

    O próprio fenômeno Ovni, representa um grande mistério para nós. Imagine se tentarmos explicar porque ocorrem com determinadas pessoas mais de um ou vários contatos ufológicos. Seria como se procurássemos um pequeno peixe em um oceano profundo e escuro. Mais as vezes, pequenos “foco de luzes”, surgem nessa busca incansável de respostas. É natural a curiosidade humana pelas coisas que “fogem” a realidade. Se por um lado as explicações não são satisfatórias, pelo outro, as perguntas se multiplicam.

    Será que os contatos são programados, elaborados?. Ou tudo não passa de uma simples casualidade?. Não sabemos, ou pelo menos, suspeitamos. Questionando tudo isso, encontramos as vezes o equilíbrio nas respostas. Se tentarmos justificar a primeira, logo aparece uma outra que justifique a segunda. Ficamos como em uma balança, em que o peso, nós mesmo colocamos.

    Se realmente existem as coincidências, quando nos referimos a um contato com o Ovni, é preciso que a testemunha esteja no local, dia e hora certa. Se tudo isso acontece, é porque deve existir um “sincronismo” acima de nossas cabeças, ou melhor, compreensão. A casualidade ocorre com qualquer um, seja um encontro com o amigo, parente, ou mesmo com um desconhecido. Isso acontece todo dia em muitas situações diferentes em todo mundo. Então, se o contato com o Ovni é casual, seria comparado a um grande cinema. A testemunha é alguém da platéia, e o “objeto”, o filme que se projeta e movimenta na tela do nosso Planeta.

    Tudo que falamos acima, foi no intuito de despertar antecipadamente, a curiosidade do leitor, para ver que uma única testemunha, é capaz de vários contatos durante sua vida. Em Parnarama, nos deparamos com uma situação parecida. Onde o caso “Cosme” foi protagonista de três experiências com o fenômeno.

7.1 “Presença inteligente manipulando a luz”

    O caso ocorreu com o Sr. José Cosme Morais da Silva, 47 anos, casado, inativo, residente em Pranarama. O mesmo vive de “Ciências” (Umbanda).  O fato aconteceu, durante uma caçada noturna, junto com um amigo de nome João Bernadinho. Chegaram no local cedo da noite e já estava se posicionando numa capoeira(moita baixa) à espera de que os cachorros farejassem e dessem o sinal, pois tratava-se de uma caçada de tatus.

    Estavam ali quietos, quando de súbito “uma luz azulada, refinada” apareceu suspensa no ar, sobre umas capoeiras a poucas dezenas de metros à frente. Sobreveio-lhes em seguida o natural susto pela sua presença naquele lugar. Lembra-se que a luz não ofuscava, e era “espalhada”(difusa). Mas, logo que o aparelho notou a presença dos dois, “transformou a luz, como num carro”, de luz difusa a um foco concentrado sobre eles. Era uma “luz que vinha de galão, na nossa frente”( e aqui insistimos que explicasse melhor, e conseguimos identificar, pelo movimento de sua mão, duas alternativas: ou tratava-se de um feixe de luz truncada, que avança de forma controlada, ou a luz se precipitava em ondas sobre eles. De qualquer modo, havia algo inusitado naquela luz, e este detalhe da narrativa, reputamos altamente significativo. É provável, que uma civilização cientificamente evoluída, disponha de meios ainda desconhecidos por nós, de manipular a luz,  ou se materializar a energia a sua vontade).

    Imediatamente, conta ele, gritou para seu companheiro apagar o lampião e correram para a parte mais densa e alta da vegetação. Procurando se ocultar, o que não adiantou, pois o foco os seguia, mesmo através das folhagens. Lembra  que comentou com o seu companheiro que estavam perdidos. Que aquilo era o “chupa-chupa”, e que deviam se livrar dos cachorros, pois estes, agitados e latindo muito, é que estavam descobrindo a posição deles, e  os “entregando” para o Ovni. Nisso tão súbito quando apareceu a luz, também a mesma desapareceu, sem deixar nenhum sinal de sons ou ruídos.                                                                                                         

7.2 “Ovni: Testemunha percebe que emite calor”

    O segundo caso, o senhor José Cosme relatou-nos que aconteceu em 1985, quando viajando no horário aproximadamente a meia noite, acompanhado do senhor Santiago, seu cunhado, notou uns reflexos de luz, nas palmeiras próximas do local por onde passavam. Na ocasião, eles andavam à cavalo. Comentaram que deveria tratar-se de um farol de carro, mas ao mesmo tempo, questionavam em como o fato era estranho. Pois a estrada era precária, e ainda tinha o agravante de terem de descer o barranco com os animais. Em caso contrário, com a estrada era estreita, não daria condições para o carro cruzar por eles sem atropela-los.

    Diante deste fato, naquele momento, ficaram na expectativa, aguardando uma maior aproximação do veículo. perceberam que o mesmo não fazia nenhum barulho de motor, e isto causou estranheza. Seria natural, dado o grande silêncio da mata, e também pela trepidação decorrente de uma estrada de terra, que o som de um carro fosse maior ainda. Subitamente, a fonte de luz já estava bem próxima deles, por trás e numa altura de 2 a 3 metros, chegando a provocar uma sensação de calor nas costas dos dois homens.

    Conforme relatou o senhor José Cosme, a luz chegou a “esquentar as nossas costas”. Como havia uma casa de pessoas conhecidas, logo perto dali, na beira da estrada, resolveram correr para lá. Quando chegaram, encontraram os moradores da casa fora, com uma espingarda na mão, procurando algo que havia colocado suas galinhas em alvoroço. Logo a seguir, a estranha luz deslizou silenciosamente em rumo ignorado.       

7.3 “Ovni: Estranho comportamento”

    Esta foi a terceira vez que o Sr. José Cosme(inativo) passou por experiência com Ovnis. Desta vez estavam, ele e um amigo, pescando de vara as margens do rio Parnaíba, alguns quilômetros a montante da cidade de Parnarama. Era cedo da noite, aproximadamente as 19 horas. Tudo começou, quando perceberam algo como relâmpago a clarear o céu. Acharam estranho, pois estavam fora de estação chuvosa, e o tempo limpo em toda a sua extensão.     

    Observavam muitas estrelas em todo o firmamento, somente depois dos fatos acontecerem durante o resto da noite, é que eles fizeram a conexão de que tudo de estranho que observaram antes, já prenunciava o que de fato aconteceria.

    Continuando a pescar, separado a poucos metros do companheiro, um tempo que eles calcularam de uma hora depois do estranho relâmpago, vê acender, de súbito, e bem a sua frente, uma luz forte, mas que não ofuscava. Quando de imediato ele tentava entender o que estava acontecendo, a mesma luz apagou, e se deslocou rapidamente, acendendo já por trás do dois pescadores, à aproximadamente a uns 20 metros. Projetando suas sombras nas águas do rio. Apavorados e estranhando todos estes acontecimentos, reagiram, largando tudo e procurando se esconder dentro de um “balseiro”(caniços comprido),situado nas proximidades. Logo que se ocultaram, a luz, “branca e fina “ , não apagou de todo, mas ficando ali estacionada durante várias horas, ora aumentando, ora diminuindo o brilho como se pulasse lentamente. Não perceberam nenhum ruído ou cheiro estranho.

    Tinham em mente, o pensamento de que, seja o que fosse “aquilo”, estava sua espera. Depois de um certo tempo, a luz desapareceu por completo. Quando não notaram mais nada de anormal, resolveram sair caminhando por dentro de um capinzal alto. Chegando perto de um juazeiro( árvore nativa), com a intenção de se protegerem melhor, foram surpreendidos com uma luz vermelha em foco ou feixe sobre eles. A mesma era concentrada, parecida como um refletor móvel, pois se movimentava, segundo a testemunha. Neste momento, também observou um ruído parecido com “um dínamo de bicicleta”, quando está ligado    ( girando em contato com o pneu). Rapidamente gritaram um para o outro, para retornarem ao balseiro e lá ficaram, dispostos a não sair mais dali, até ao amanhecer.

    Ao que tudo indica, parece que o “objeto” desconhecido, perdeu o interesse por eles. Porque embora sem que os dois chegassem sequer a perceber sua forma, pelo escuro que fazia, notaram que ele, o Ovni, estava pousado no chão, bem próximo dali. Havia também pessoas em movimento próximo ao objeto, e barulhos familiares, como pancada semelhante ao fechar da porta de um automóvel. Notaram ainda, conversas numa linguagem estranha para eles, e galhos secos quebrando ao ser pisado, etc.

    Com referência a voz, a testemunha afirma que pertence no máximo a 2 ou 3 pessoas. Eram vozes masculinas, calmas e “num tom só, sem altos e baixos”. De um momento para o outro cessaram todos os barulhos e movimentos, e após uma longa e  apreensiva espera, começaram a desconfiar que não estavam mais ali. De fato, eles não sabem que instante eles se retiraram. O certo é que aos primeiros clarões do dia, viram aliviados, que tinham ido embora. Deixaram no local,segundo o senhor José Cosme, muitas pegadas no chão, correspondendo a calçado grande, numero 42 aproximadamente.    

* Flávio Tobler é Técnico Eletrônico, Geógrafo e especialista. Membro do Grupo UPUPI.

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Dezembro de 2004