Monitoramento ufológico em Pau d’arco do Piauí

 

Por Flávio Tobler
(Equipe UPUPI)

 

  1. Percalços da pesquisa de campo

 

Os artigos que a UPUPI vem colocando em seu site, objetivam acima de tudo compartilhar com os navegadores ou ufonautas de informações ufológicas que possam estimular outros grupos ou pessoas isoladamente. Tentando dar subsídios para produzirem outras pesquisas de campo ou de caráter teórico. Quando se passa conhecimento através da investigação, os detalhes e a diversidade de elementos coletados formam-se gradativamente na mente humana “centelhas” de idéias, respostas e questionamentos que tendem a materializar-se em documentários, livros, revistas etc. Mas para que estas futuras produções escritas ou falada manifestem-se através da mídia, há com certeza um sacrifício enorme por parte de muitos que se aventuram no campo ou fora de seus “ninhos familiares”. Os percalços dessas jornadas podem levar a uma maior resistência ou desistência de tantos outros que não persistiram em ideais maiores. Diante de certas dificuldades, se voltam para suas rotineiras vidas (cerveja no bar da esquina, futebol, novelas, assuntos políticos etc.). Ficamos a imaginar se muitas descobertas e invenções que ajudaram a humanidade em sua jornada evolutiva não tivessem a persistência de seus autores. Muitos destes foram tachados de loucos, visionários, lunáticos, abandonados pelos amigos e até família. Mas o tempo encarregou-se de mostrar e reconhecer em grande parte tardiamente o seu valor para a sociedade.
Há outros que até criticam o nosso trabalho, sugerindo que deveríamos estar ajudando os pobres. Individual e até coletivamente fazemos a nossa parte, e gostaríamos de poder fazer mais. Pobreza maior é a nossa humanidade que falta conhecimento, e quando estamos mergulhados na ignorância, muitas vezes pisamos sobre um imenso lençol freático e perecemos. Quando falamos deste conhecimento excluímos o mundo capitalista da atualidade que favorecem os poderosos e marginalizam os desprovidos. Acreditamos nos desdobramentos de imagináveis descobertas e o salto que estas representarão para uma região, estado, país e o planeta como todo. Estas revelações virão de forma não manobrável, para que muitos possam usufruir o que o mundo lhe deu por direito.
Fazemos nossa parte, estamos trabalhando no limite de nossas possibilidades. Procurando não ficar com “a boca escancarada pela Janela deixando os objetos passarem”. E mesmo conscientes de que ainda falta muito a ser feito, iremos questionar: O que são? O que querem? De onde vem? Não acreditamos no contato definitivo pelo menos em nossa era contemporânea. Persistimos na idéia de que as respostas viram pela busca, investigação e até pelo imaginável pensamento destes seres que nos monitoram: - “Estamos aqui!... Se quiserem respostas lutem por elas!”.

 

2 - Pau d’arco do Piauí: Palco de incursões ufológicas

A nossa recente viagem ao povoado Castelete (02 e 03 de junho de 2007) tinha sido muito proveitosa. O nosso objetivo principal havia se realizado. Uma nova área de investigações onde envolvia ufologia e religiosidade tinha sido experimentada pelo grupo. Conhecemos in loco um lugar místico e determinamos um novo ponto de vigílias futuras. Parte da comunidade local teve conhecimento do nosso trabalho e isto cria facilidades para futuras investigações. O resultado desta pesquisa de campo encontra-se disponível no artigo anterior da nossa página (www. upupi.com.br ). O lugar pertence ao município de Pau d’arco do Piauí que fica a uns quatro quilômetros dali aproximadamente. Este por sinal totaliza uns 70 Km de percurso da capital piauiense (Teresina).
Nesta viagem anterior havíamos conhecido este município e no limite de nosso tempo também o rio gameleira. Nestas rápidas incursões e conversas com populares descobrimos que a região é também rica em avistamentos supostamente ufológicos. Tínhamos estabelecido numa reunião posterior a esta viagem, que o nosso retorno àquela região era essencial para nossas investigações e possivelmente uma vigília naquele rio de tantos relatos. Viagem marcada ficou determinada que a nossa partida seria no dia 22 de junho de 2007. O nosso retorno naturalmente seria no dia seguinte (23) como de praxe. Sairíamos na manhã do sábado para termos mais tempo de investigação e acomodamento para a vigília. Todas as previsões aconteceram conforme nosso planejamento, e de fato no dia marcado fizemos essa jornada.
A equipe envolvida nesta pesquisa foi maior que a anterior, alguns componentes que não puderam participar da ultima viagem estavam ansiosos para cair em campo e vivenciar a tão saudosa vigília. Somente quem participa deste monitoramento local sabe o significado que envolve tal ato. Muitos não sabem dos bastidores destas jornadas, onde nos desligamos temporariamente de nossas vidas cotidianas e o relacionamento grupal estimula novas reflexões. Nascem novas idéias e aguçam-se os pensamentos e planejamentos. Também há momentos de lazer e o convívio próximo com a comunidade nos convida a refletir no que fazer futuramente por elas.

Os integrantes do grupo (08) foram divididos em dois carros, bem como o material de pesquisa e alimentação.Tínhamos a preocupação com um dos carros pelo fato de não possuir pneu de socorro, o mesmo havia sido furtado e o cuidado na estrada era redobrado.  Saímos próximo de 11:00 horas e tínhamos a intenção de almoçarmos no Castelete ou no município de Pau d’arco do Piauí. Chegamos ao povoado depois do meio dia e o estabelecimento do senhor Vagner encontrava-se fechado. Após uma unânime decisão partimos a sede do município para procurar nosso ponto de contado anterior (João Sérgio). Na entrada daquela cidade um dos carros fura o pneu. Por sorte era o outro veículo, mas daquele ponto em diante ambos estavam na mesma situação. Complicou-se ainda mais quando procuramos uma borracharia e ao chegarmos na mesma deparamos com o equipamento quebrado para retirada do pneu da calha.

Tínhamos a intenção de almoçarmos no estabelecimento de João Sergio, e como havíamos esquecidos de anotar o contato com o mesmo para avisar de outras viagens futuras, no local não tinha comida para todo o grupo. Mas com a hospitalidade que é natural de muitos municípios piauiense, o nosso amigo providenciou um almoço caprichado. Tivemos que esperar um pouco, e somente próximo das 14:00 horas daquele sábado saciamos nossa fome com uma conversa informal. Cidade pequena não espera repentinamente visitantes ou turistas, a não ser que tenha eventos ou avisada antecipadamente.

Após aquele almoço conversamos um pouco para aliviar a digestão e depois das 15:00 horas dividimos o grupo para um giro pela cidade. Nossa intenção era filmar e fotografar alguns pontos importantes. Bem como depois procurar autoridades locais para uma conversa de cunho ufológico, potencialidades locais e organização municipal. Uma das equipes foi até a delegacia para se inteirar de alguma queixa sobre perseguições supostamente ufológica. Como a autoridade militar não se encontrava no lugar, quem recebeu o grupo foi apenas um soldado que estava de plantão. O mesmo não quis gravar entrevista, mas afirmou em “of” sobre uma experiência que vivenciou alguns anos atrás no município de Passagem franca (PI). Estava numa espera quando viu um objeto muito luminoso pousar no solo próximo. Ficou observando aquele artefato por um tempo, mas sem coragem de se aproximar do mesmo para saber do que se tratava. Resolveu descer da espera e ir embora assustado com aquilo.




O segundo grupo dirigiu-se para a casa do vice-prefeito, tínhamos informação que Expedito Sindô (atual prefeito) ali se encontrava. Ao chegarmos fomos bem recebidos, e após nossa identificação que é corriqueira, conversamos por um longo tempo. Expedito é uma pessoa muito simples e articulada, e que tem boas intenções para o município. Não temos preferência partidária, o caráter do nosso trabalho é outro. Mas encontrando algo que julgamos certo é interesse nosso descrever para que sirva de exemplo. Quando se chega àquela cidade, embora não se conheça ainda quem administra, pode-se observar que a mesma e limpa, planejada e com um bom calçamento. Ele confirmou estes detalhes já percebidos pelo grupo e ainda falou sobre outros. A população não paga IPTU, nem água. O pagamento do funcionalismo é algo intocável. As ações no município são feitas com o fundo de participação, o que demonstra que mesmo com estes recursos, tendo boas intenções pode-se fazer muito por uma comunidade. As terras do município foram doadas a população local por Expedito, pois antes pertenciam aos seus familiares.




Outrora havia apenas três famílias, hoje são mais de quinhentas. Por este ato de entregar lotes aos populares gerou intrigas partidárias que o denunciaram a justiça. O mesmo faz questão de afirmar que a única terra que quer um dia é a do seu sepulcro.
Afirmou que a população vive basicamente da agricultura, e o potencial do município é a produção da cajuína. Na saúde fez uma comparação a outro município próximo, este com cinqüenta mil habitantes tem apenas uma ambulância para uso local, já Pau d’arco com três mil habitantes aproximadamente possui três. Falou ainda sobre muitas coisas, inclusive sobre sua experiência supostamente ufológica. Comentou que ouve de muitos populares esses relatos, mas devido o cargo que exerce e a vida agitada de uma autoridade municipal que presta serviços durante toda semana, pouco lhe resta tempo para estes questionamentos.






Contou-nos que a uns quatro meses atrás (fevereiro ou março) saiu de sua residência para ir à casa de um conhecido (Dias neve) que fica na parte inicial da cidade. Era noite, o horário indicava não ser muito tarde. Ao chegar aquela casa sentiu vontade de ir ao banheiro, e ao deslocar até a porta do referido lugar observou indiretamente uma claridade ao fundo da casa. Logo quando saiu, foi até ao fundo daquela residência para inteirar-se do que se tratava realmente. Surpreso, verificou que um objeto luminoso havia pousado sobre uma vegetação local distante aproximadamente uns cinqüenta metros. O mesmo de coloração azulada e intensa. Diante daquele fato inusitado, veio em pensamento à lembrança de um ente querido que tinha falecido há pouco tempo (Bené). Perante este fato narrou-nos o seguinte: - “... Eu achei que tivesse coragem para enfrentar aquela situação, mas tive medo”. Depois pensando que não tinha nada a ver com aquilo, tratou de ir embora e depois contou aos seus conhecidos o episodio.





Após um café que gentilmente nos ofereceu e de novos fatos sobre a cidade, fomos obrigados a nos despedir e seguir rumo ao rio gameleira para nossa vigília. Como a conversa estava muito boa, se ficássemos entraria por noite adentro, mas corremos contra o tempo e era interesse chegar ainda claro para achar local ideal e providencia nosso tão conhecido “grolado” (refeição noturna). Expedito até nos convidou para jantar, mas deixamos para outra oportunidade.
Da cidade até as margens daquele rio, percorremos ainda uns cinco quilômetros aproximadamente. A atenção nossa foi dobrada porque os dois carros não tinham pneu de socorro e a estrada é carroçável com pequenas pontes de madeiras com tocos. Outra preocupação surgiu quando deixamos a cidade rumo ao lugar de vigília. Nossa câmera de VHS caiu do carro, danificando certos componentes. Até questionamos se algo aparecesse e não conseguíssemos filmar, seria realmente uma grande ironia do destino.

Armamos a barraca às margens do rio, próximo a ponte, num gramado que dava boa observação para o espaço e a nossa volta. Colocamos um longo plástico sobre o solo para depois sobrepô-los com os colchões. Após um banho naquelas águas hidratantes e de energias renovadas, fizemos nossas refeições. Ao cair da noite cada um posicionou-se para observar um ponto especifico do cosmo e a vegetação local. Estávamos de olho também no curso do rio, já que muitos populares freqüentemente pescam em suas margens sendo surpreendido pela passagem do suposto objeto luminoso.
Havia de certa forma uma preocupação, principalmente com a câmera que estava posicionada no tripé para um possível registro. João Sérgio havia dito que alguns dias atrás, populares que moram próximo ao rio viram este objeto em suas margens. Obrigando-os a fugirem do local. Na vigília realizada havia grande possibilidade de um contato e ao longo da noite pudemos observar estranhas movimentações luminosas que se mantinham a uma certa distancia. Muitas que foram descartadas de fenômenos e artefatos conhecidos (aviões, satélites, meteoros etc.). Luzes de coloração amarelas, azuis foram presenciadas pelo grupo, algumas que piscavam e outras se camuflando entre uma árvore e outra. Pareciam que estavam evitando aquela área, ou se de fato as suas incursões eram por outras localidades. Tínhamos a presença da lua que se aproximava de cheia, e isso tem demonstrado uma certa ausência destes artefatos luminosos mais próximos. Os óvnis preferem noites totalmente escuras. Ao que tudo indica é melhor para suas camuflagens e somente aparecendo já muito próximos dos contatados. Tentamos algumas vezes fazer alguns registros em vídeo, mas devido a distancia, o equipamento não ajudava, e a fonte de luz era difícil localiza pela câmera. Queríamos de fato era que “ele” fizesse o seu percurso pelo leito do rio. Com certeza neste deslocamento teríamos os seus registros (vídeo e fotografia).


Ao longo da madrugada o clima alternava-se em agradável e muito frio, obrigando alguns integrantes do grupo procurarem a certa hora refúgio dentro do carro. Observamos ainda de longe a luminosidade e barulhos referentes às festividades juninas de algum município próximo, não dando para caracterizar qual de fato seria. Pela manhã, após nosso café ainda naquele lugar, arrumamos nossas bagagens e retornamos a Pau d’arco. Ainda permanecemos alguns instantes naquele município e as 8:30 seguimos o percurso de volta a capital piauiense.
Por se tratar de uma área nova para pesquisas ufológicas, observamos ainda com dados preliminares e superficiais, que aquela região é monitorada por suposto(s) óvni(s). Os fatos acontecidos parecem que vem ocorrendo a mais de quinze anos, e isso demonstra que alguns atrativos sejam minerais, vegetais, humanos ou algo ainda desconhecido, tem despertado o seu interesse. As incursões constantes deste(s) artefato(s) luminoso(s) pela cidade e no rio, indica também quem sabe que o(s) mesmo(s) tenha(m) uma dependência ou até incumbência de fazer o seu próprio trabalho de campo de forma mais avançada.

 


       Participaram da pesquisa:
           Samuel, Leonardo, Flavio Tobler, Israel, João Júnior,
         Igor Patrik, Luís António, Francisco Aristides (tirando foto).

Mediadores nas entrevistas:
Igor Patrik
Flávio Tobler

Fotografia e Filme digital:
Francisco Aristides
Samuel

Apoio Técnico:
Leonardo
Israel
Luís António

Coordenadores da pesquisa:
Igor Patrik
Flávio Tobler

Filmagens VHS:
João Júnior
Igor Patrik
Flávio Tobler

Ilustrações e
Redação:

Flávio Tobler
Núcleo da UPUPI
Julho 2007

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