A ELETRÔNICA A SERVIÇO DA UFOLOGIA

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Por Flávio Tobler
(Equipe UPUPI)

 

  1. Sinais: Uma busca incansável

    Foi notícia em Dezembro de 2005 na Internet e outros meios de comunicação que o radioamador Paul Marsh recebeu sinais de rádio direto de Marte através do satélite MRO que estar fazendo pesquisas a mais de 45 milhões de milhas da Terra. O MRO estar transmitindo do espaço exterior no canal 32 na freqüência 8439.444444 MHz. O satélite possui uma antena parabólica com 3 metros de diâmetro que transmite sinais para a Terra com 100 watts de potência.Os sinais recebidos foram bem escutados em um receptor de comunicações e decodificados pelo software SDR-14. Os sinais alcançaram 6 a 8 Db acima do sinal de ruído (http://www.uhf-satcom.com/mro/).
    O fato dar evidência concreta que qualquer um pode receber alguma forma de comunicação terrestre ou não, desde que possua a tecnologia disponível para esse fim. Antes, as transmissões geradas fora do campo terrestre e oriundo dos satélites enviados ao espaço, eram restritas a NASA e outros centros de rastreamentos. Isso se dava porque somente os mesmos possuíam equipamentos de custos elevados. A era da informática e o desenvolvimento tecnológico que vivenciamos, vem permitindo a comercialização e operação de sistemas alternativos e que podem ser operados em domicílio.
    O projeto SETI(Search for Extra-Terrrestrial Intelligence ou Busca por vida inteligente extraterrestre), é exemplo deste avanço. O antigo projeto manteve-se em funcionamento por um certo tempo, mas em 1993  o Congresso Americano cortou a verba destinada ao projeto. Os principais "ouvidos da Terra" foram desligados. A luta dos cientistas em mantê-lo em operação permitiram que estes idealizassem diversas iniciativas para que a importante Pesquisa SETI não morresse. Surgiram nessa época o Projeto Phoenix do SETI Institute e também a SETI League, uma entidade americana que congrega pessoas interessadas no SETI (estudantes, engenheiros, físicos e profissionais de diversas áreas, além de pessoas comuns).
    O "Projeto Argus" da SETI League tem como objetivo formar uma rede de 5000 antenas, com diâmetros variando de 3 a 5 metros. Foi lançado no dia 21 de abril de 1996. Através de suas pesquisas, desenvolveu-se um modelo de uma estação SETI formada com equipamentos acessíveis e uma antena parabólica caseira.O custo dessa estação pode variar de R$ 5.000 a R$ 10.000, dependendo dos equipamentos  escolhidos. A SETI League dará o apoio técnico na montagem da estação, mas não faz a doação ou custeio de equipamentos. Afiliando-se à  SETI League você receberá as informações necessárias para construir sua própria estação SETI.
    Segundo o Site www.astroseti.hpg.ig.com.br teve início em 1998 a construção da estação Giordano Bruno, a primeira e por enquanto a única estação brasileira a integrar a rede da SETI League. A mesma deveria opera em uma cidade do interior do estado de São Paulo. Infelizmente no momento não se têm informações sobre o funcionamento desta estação. Quando em operação, a varredura consiste do tipo "All Sky Survey", em que a antena fica fixa e capta os sinais dos objetos que passam no seu campo. Cada objeto permanece cerca de 16 minutos no campo de uma antena de 3 metros de diâmetro.


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    Uma antena parabólica comum de recepção de satélites pode ser usada na
      Procura sinais de vida inteligente extraterrestre.
     Fonte: Site
      www.astroseti.hpg.ig.com.br

    Essa busca incansável por sinais eletrônicos de civilizações não terrestres, acompanha incansavelmente a humanidade contemporânea, permitindo levar a muitas especulações e certas decepções que não devem desencorajar os pesquisadores. A exemplo, imagine captar sinais que levariam dezenas ou milhares de anos para chegar ao nosso planeta. Quanto tempo se domina a tecnológica atual? Menos de 50 anos, comparados a padrões de tempo no universo é insignificante. Pelo processo atual de rastreamento disponível, terá que ser interrupto a escuta de possíveis sinais por infindáveis anos. Se os astros no Cosmo evoluíram em tempos distintos, leva-nos a crer que muitas civilizações também atingiram seus processos tecnológicos em períodos separados. Assim, o êxito da comprovação necessita de um certo sincronismo (tempo + tecnologia) entre o emissor e receptor. 
    Mas são louváveis certas iniciativas. É o começo de uma longa jornada que vem permitindo se fazer alguma coisa para comprovar o grande poder semeador do criador. Nunca de descobriu tanto sobre o universo como na atualidade. Antes, devido à “escuridão” do espaço somado a “miopia tecnológica” que vivenciávamos, só permitiam descobertas ao nível de Sistema Solar. Hoje, comprova-se a existência de mais de 100 planetas em outros sistemas. Sendo o seu crescimento multiplicador no decorrer do tempo.Amanhã quem sabe poderemos comprovar as sábias palavras de múltiplas interpretações de Cristo quando disse que “Na casa de meu Pai há muitas moradas”.

     

    1. Óvnis: É possível detectá-los?

    É conhecido por muitos que o fenômeno óvni têm a possibilidade de produzir alterações nos campos magnéticos da terra e nos aparelhos eletrônicos que nos cercam. As energias liberadas por esses fenômenos fazem os automóveis parar e os rádios emitir ruídos estranhos. Também tem se observadas certas interferências em televisores e computadores. Vale lembrar que são detectados por radares em todas as partes do planeta. Quem não lembra aqui no Brasil o famoso caso dos 21 objetos que invadiram nosso espaço aéreo e que acionaram a aeronáutica na tentativa frustrada de interceptação.
    Alguns cientistas contestam certas anomalias e tentam justificá-las como oriundas de outras fontes. No entanto, independente das tentativas muitas vezes decepcionante de muitos que se julgam conhecedores e “dominadores” do assunto, são obrigados a reconhecê-las que as mesmas acontecem. Não são frutos imaginários, somam-se milhares de fotografias e centenas de filmes sobre óvnis que deixam suas marcas. Os sinais que indicam a presença alienígena em algum ponto da Terra é um fato.   
    Foi baseado nestas alterações de ordem eletromagnética, que foram surgindo ao longo dos anos alguns equipamentos de detecção ufológica. Se havia essa constante interferência em nossos aparelhos, oriundos de um prenúncio de contato em grande parte das narrativas das testemunhas, melhor seria aperfeiçoa e destinar alguns destes para monitorar a aproximação destes supostos objetos não identificados. Muitos permitem a utilização de uma simples bússola fazendo de interruptor a um alarme, outros amplificam alterações eletromagnéticas num determinado campo de ação, e acionam certos mecanismos eletrônicos. Até magnetômetros mais complicados se vendem com preço ainda “salgado” para muitos aficionados.

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    Exemplos de três modelos de detectores de ufos (ou óvnis). Fonte: Internet/2006

    O princípio básico de todos os sistemas de detecção está nas alterações de campos magnéticos: imãs, motores, eletrodomésticos, descargas elétricas, relâmpagos e outros fenômenos. Estas interferências muitas vezes são de grande intensidade que provocam a paragem dos automóveis ou dos "apagões" resultante da aproximação de um Óvni, uma vez que tanto os transformadores de tensão das redes públicas como as bobinas de produção de energia nos automóveis ou motores de combustão, funcionam por indução magnética e onde qualquer alteração significativa pode provocar o "corte" de corrente (blecaute).
    Somando os conhecimentos, acrescentando a tecnologia e a simplicidade, conseguem-se muitas vezes tipos de detectores inéditos, originais e bastante rigorosos nas interpretações dos dados recolhidos. Um grande aliado ultimamente tem sido o computador, ferramenta de grande velocidade, armazenamento de informações e que trás um comodismo ao seu operador. Podendo monitorar diferentes informações simultaneamente por longas horas. Deixando a sofisticação do processamento a critério do seu programador. Ë uma área nova que pode inovar e trazer bons resultados. O grande fator determinante será na construção de equipamentos que trabalhem em parcerias com o micro, sejam analógicos ou digitais. 
    A exemplo disso cito como iniciativa o sistema mais simplificado que tem sempre uma Webcam (com bússola ou exterior) e Bobina (grande sensibilidade e menos precisão) ou só uma Webcam com bússola (com maior rigor e fidelidade). Através desse sistema podem-se monitorar alterações magnéticas e estas alertadas por um programa ou software que reconhece movimentos (ex: Blue Íris). Este mesmo sistema pode avaliar também alterações num determinado espaço, desde que a Webcam esteja acima da residência. Qualquer movimento a mesma filmará automaticamente um OVNI ou outro objeto que no céu seja detectado por este sistema. Neste caso é necessário possuir uma Webcam com boa resolução gráfica e que tenha boa sensibilidade noturna. Teremos também que equipar com uma lente tipo "olho-de-peixe", para que toda a paisagem celeste seja captada a 180º.

      
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    Webcam monitorando uma bússola e o software usado Blue Íris que detecta os seus  movimentos.
    Fonte: texto de mailto:silverio@netvisao.pt/2006

     

    O possível reconhecimento da aproximação do óvni leva-se a acreditar que o diagnóstico torna-se verdadeiro desde que se tenha a comprovação visual como último processo dessa etapa. Refiro-me a outras fontes que enganariam muitos a principio. Tempestades magnéticas e outras geram efeitos imprevisíveis, mas podem ser descartadas.

    1. UPUPI: Pesquisas e inovações na área

    A ufologia segue seu caminho e indiscutivelmente desperta o interesse de muitos em comprovar a existência das suas manifestações além de uma câmera de vídeo ou película fotográfica. Vivenciamos uma época influenciada pela mídia, onde filmes, reportagens e centenas de inusitadas narrações compõem um cenário fabuloso. Talvez imaginário para alguns, e muito realista para tantos.
    Somos “bombardeados” a todo instante por informações que geram gradativamente um mundo pessoal, mais globalizado. Este articulado com nossas limitações, sonhos e aspirações. Não devemos acreditar a principio no que nossos olhos contemplam no horizonte. É necessário estarmos provido de equipamentos que registrem o fato e posteriormente a sua avaliação, reflexão e conclusão.
    A UPUPI tem trabalhado para aliar a tecnologia disponível em suas pesquisas de campo. Registrar possíveis contatos é o objetivo maior destas incursões. Estes comprovados materialmente, tornar-se-iam  objetos principais de grande avaliação e repercussão. Mas sabe-se que as vigílias é uma “mega sena”, onde a probabilidade de um bom acerto (no caso registro de imagem) se alia à hora+lugar da manifestação. Muitas das filmagens ufológicas são oriundas de cenas que não tinham este objetivo, mas que foram incorporadas ou desviadas do seu foco principal. A boa imagem planejada depende da persistência, firmeza de ideal e muito equilíbrio psicológico.
    Não adianta detectar óvnis somente pelos equipamentos que se tenha disponível. Seria o mesmo que ouvir e ver um belo e raro pássaro e não comprová-lo posteriormente. Palavras no mundo de hoje não surtem tanto efeito. A necessidade de possuir uma razoável câmera é indiscutível. Um velho ditado popular afirma que uma imagem vale mais que mil palavras. Lamento muito o despreparo da população por não ter ainda a sensibilidade e iniciativa de registrar certos fatos que se somariam a tantos outros (caso Varginha).
    Como muitos grupos de ufologia, a UPUPI também tem trabalhado na questão de detectores de óvnis. Numa reportagem feita pela emissora de televisão Meio Norte (MN) em Teresina-PI (2005), foi exibido parte dos equipamentos utilizados nas pesquisas de campo. Sabe-se que em muitas ocorrências, certos objetos não identificados ficam camuflados pela escuridão, manifestando com intensa luminosidade  somente e repentinamente sobre suas vítimas. Este fato deixa os contatados atordoados e geralmente em pânico. Então, nada melhor do que um possível aviso eletrônico de sua presença.

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    UPUPI mostra alguns equipamentos utilizados nas pesquisas de campo. Fonte: MN (2005)

     

    1. Perseverança: Novos horizontes para 2006

    “Ter perseverança é enfrentar os desafios que nos são colocados à frente. Não é apenas desviar e deixá-los para trás sem, pelo menos, tentar solucioná-los. Não importa se seremos vitoriosos, mas sim, que tentemos. E tentando, com certeza estaremos preparados para seguir em frente até que, diante de um novo desafio, estarmos mais bem preparados para enfrentá-lo. A humanidade não estaria em constante evolução se o ser humano, em qualquer época de sua história, não tivesse perseverado em suas idéias, vencendo batalhas, preconceitos e ignorância. Portanto, perseverança é ter vontade de vencer obstáculos errando ou acertando, mas, com certeza, aprendendo. Os desafios são muitos, as oportunidades também mas, se não há perseverança, não há solução para os espinhos da vida. Nem tampouco o crescimento e o entendimento tão necessários ao ser humano”.
    A luta deve continuar, os sinais dos óvnis são fatos consumados, necessitando de um “software” pessoal ou eletrônico (decodificador) que tenha uma boa interpretação. Vivemos numa época em que nos assemelhamos a uma cultura antiga, isolada no cosmo de outras civilizações, buscando romper obstáculos à frente. Os primeiros contatos indicam uma persistência bilateral, onde do nosso lado almejamos respostas, e do outro, mensagens que chegam e compõem um cenário que gradativamente parecem indicar o fim de uma barreira oriunda de nossos próprios preconceitos. Se ainda não somos capazes de nos amarmos plenamente como terráqueos, estaríamos habilitados a respeitar de perto outras civilizações?
    Num ano que se inicia e que novas informações chegam freqüentemente ao nosso conhecimento, esperamos obter excelentes resultados em nossas pesquisas de campo. Equipamentos estão sendo desenvolvidos (protótipos) para serem testados e em breve compartilhados com outros que se interessem por este caminho tão fascinante que é a ufologia.

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    * Flávio Tobler e Técnico eletrônico, Geógrafo e
    Especialista. Membro pesquisador da UPUPI.

    Outros artigos acesse: www.upupi.com.br
     Contatos: flaviotobler@hotmail.com
    Janeiro/2006