A Geografia Tecnológica como processo
de interpretação Ufológica

* Por Flávio Tobler

A “Geografia como área de conhecimento sempre expressou uma preocupação com a busca da compreensão da relação do homem com o meio (entendido como entorno natural).” Alguns ortodoxos defendem que a realidade do espaço terrestre está estabelecida entre pontos de referência reais, geralmente ligados aos fenômenos espaciais; outros, mais radicais acreditam que o fazer geográfico é uma concepção de saber voltado para a critica das ocorrências da relação entre os seres humanos na sociedade e dessa com outras, assim como sua própria relação com a natureza. Neste sentido ela se diferenciou e se contrapôs a demais ciência, que por força de seus objetos e das classificações, foram individualizadas em Ciências Naturais e Sociais. Ainda hoje este paradoxo acompanha a Geografia, privilegiando-a.
Muitos teóricos de diferentes concepções têm discutido através dos tempos acerca das bases de referência do que vem a ser o fazer geográfico. Talvez existam na realidade, fundamentos ideológicos que justifique estas diferenças. Mas a Modernidade se expandiu e a racionalidade a constituiu como uma ciência dotada hoje de uma infinidade de recursos e meios disponíveis para a interpretação do espaço geográfico.
Historicamente, as transformações do mundo pós-guerra associadas à difusão de novas concepções científicas (Física de Einstein) permitiram à Geografia, após os anos 50 e 60, tomar um novo rumo em seu estudo. Muitas inovações na aplicação de tecnologias da informação permitiram o desenvolvimento de métodos sofisticados de modelagem matemática e estatística que se tornaram disponibilizados para os primeiros sensores remotos. Um passo decisivo foi quando o primeiro satélite obteve uma imagem da Terra a partir do espaço. O “ TIROS-1 foi Lançado a 1 de Abril de 1960, em órbita polar, com duas câmaras de televisão a bordo, permitiu demonstrar que era possível seguir a evolução dos fenômenos meteorológicos a partir do espaço. A imagem foi obtida a uma altitude de 700 quilômetros e pelos padrões atuais a sua falta de qualidade é evidente”(Portal do astrônomo / 2005).

Os primeiros passos para interpretação de imagens orbitais. Fonte: NASA / 2005

Pesquisadores também começaram a antever o desenvolvimento de Sistemas de Informação Geográfica. Do meio da década de 70 até o inicio dos anos noventa foi um período de contágio. O que antes era visto como parte fundamental e única de estudo dos geógrafos, passou a demonstrar uma infinidade de outras opções possíveis de direcionamento na pesquisa, no conhecimento e aplicação dos resultados esperados.
No passado, isso levou um certo tempo de “dormência” e rotina, quando se achava que era papel exclusivo do geógrafo o ensino e alguma coisa a mais. Grandes avanços em outras ciências, tornaram-se uma alavanca que impulsionou outros campos a descobrirem também uma gama enorme de direcionamento para o seu respectivo objeto de estudo. Com os primeiros microcomputadores na década de 80, facilitou o desenvolvimento de softwares poderosos que se juntaram com a disponibilidade de outros computadores baratos, permitindo muitos pesquisadores testarem idéias novas e aplicações pela primeira vez. “Na década de 90, muitas inovações entraram na fase de coordenação até mesmo como outros experimentos continuaram rapidamente. Os pontos fortes e fracos de muitas tecnologias de informação eram até então aparentes, os pesquisadores começaram a trabalhar junto com a finalidade de acelerar o desenvolvimento das aplicações mais promissoras. Discutivelmente, a integração completa de tecnologias de informação e processamento na Geografia tem ainda que ser alcançada exceto, talvez, em algumas áreas de pesquisa relativamente especializadas.” Daqui a alguns anos, ocorrerá a integração completa das disciplinas.
No contexto destas inovações, os Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que é “uma base de dados digital, no qual um sistema de coordenadas espaciais comuns é o meio primário de referência.” permitindo aos geógrafos coletar e analisar a informação muito mais rapidamente do que era possível com técnicas tradicionais de pesquisa, têm desempenhado um papel importante como integrador de tecnologia. Tem unido várias tecnologias discretas em um todo, surgindo como uma poderosa ferramenta que permite aos geógrafos integrarem seus dados e métodos de maneira que apóiam as formas tradicionais de análise geográfica, tais como análises por sobreposição de mapas bem como novos tipos de análises e modelagem que vão além da capacidade de métodos manuais. Com o SIG é possível elaborar mapas, modelar, fazer buscas e analisar uma grande quantidade de dados, todos mantidos em um único banco de dados. O fato melhor é que tudo isso pode ser voltado para o campo da ufologia. Mas de que forma pode-se aplicá-lo? como? e com qual propósito?
O interesse pelo conhecimento geográfico de um espaço sempre foi estratégia utilizada nas guerras, disputas de territórios, exploração de recursos naturais e uma infinidade de questões que o homem sempre utilizará para entendimento do espaço geográfico e da sociedade. É possível pela interpretação de dados, sejam orbitais, aéreos ou localizados, encontrarmos justificativas para as incursões dos óvnis. Determinando um perfil sistemático e estatístico relacionado ao seu campo de ação. Imagina-se que a não casualidade das aparições ufológicas mascara algo muito maior, tornando-se um fato que mereça uma investigação de abrangência significativa. Da mesma forma pode ocorrer uma importância recíproca dos extraterrestres por nosso espaço geográfico. Em muitos casos de avistamentos foram observados os seus interesses por questões de geomorfologias, aspectos biológicos, e sociedade como um todo. Existe na realidade, uma cadeia universal de conhecimento (extra) planetário constante para o entendimento e utilização dos seus recursos disponíveis.

A Terra enfrenta um processo constante de exploração. Fonte: UPUPI-2005

Outros fatores também merecem citação nesse avanço de desenvolvimento tecnológico e que tem ajudado substancialmente o estudo e pesquisa de muitas áreas afins. A exemplo o correio eletrônico, lista de discussão e bate papo (Chat) tornam mais fácil para os “internautas” se comunicarem e compartilharem idéias, localmente, nacionalmente e internacionalmente. Técnicas de ensino a distância tornam possível aulas interativas e seminários ocorrerem simultaneamente em locais distantes. Acesso em rede aos recursos de pesquisas básicas e avançadas está se expandindo rapidamente. A partir dos seus escritórios, estudiosos agora podem obter informações de bibliotecas, agências governamentais e instituições de pesquisa em qualquer parte do mundo. “As Tecnologias da informação estão reduzindo substancialmente o custo de publicação e distribuição da informação como também reduzindo o tempo exigido para circular as mais recentes notícias e resultados de pesquisas.”
Observa-se que todas essas inovações, promovem saltos gigantescos, impulsionando para o aperfeiçoamento de novos recursos, que se tornam disponíveis em curto prazo. Gerando uma cadeia de idéias e soluções que estimulam outras que virão posterior. Hoje se evidencia um maior direcionamento de estudo voltado para questões ambientais. Existe um crescimento de Satélites em órbita do planeta com o intuito de planejamento e diagnóstico relativo a este assunto. A preocupação mundial é compreensível, sabendo que grandes desmatamentos e queimadas, bem como o efeito da industrialização, vem alterando o nosso meio ambiente. Talvez seja a grande preocupação alienígena que os motiva a estarem em constantes incursões em nosso planeta. Outro fato que merece destaque é o interesse de determinados Países pelos recursos naturais disponíveis em outros continentes, que ainda estão em processo inicial de exploração. Sem falar numa rede de espionagem que avança e ultrapassa barreiras.

As imagens orbitais permitiram o avanço em todos os campos das ciências. Fonte: NASA /2005

A tecnologia ocupando um espaço geográfico em constante avanço. Fonte:Internet /2005

Com a modernidade tecnológica dos computadores e imagens digitais, as técnicas manuais utilizadas antigamente para o conhecimento em muitas outras ciências, tornaram-se quase obsoletas. Não esquecendo ainda a importância, no caso da geografia, referente aos mapas, plantas e cartas utilizadas no passado, e que servem hoje como referencial comparativo de mudança no espaço estudado. Sabemos que existe um fator importantíssimo, mesmo diante de tantos avanços na informática, que se resume na idéia da pesquisa de campo, olhando de perto uma área, e configurando uma interpretação pessoal que jamais nenhum equipamento poderá caracterizar. O computador sempre será o aliado e não o construtor dessa idéia e de um resultado esperado.
O geoprocessamento incrementou-se na computação, como forma positiva de estudo dos recursos naturais. Fornecendo elementos que, a cada dia vem produzindo programas e equipamentos que tem uma maior aplicação nas ciências ambientais, e demonstrando um resultado de maior precisão na análise de fenômenos que se manifestam em nosso planeta. Uma característica sua e inovadora, foi o agrupamento de muitas informações que no passado eram analisada separadamente. No contexto atual, essa consolidação disponibilizou uma agilidade dotada de respostas especificas para soluções, diagnósticos e aplicações nos problemas de determinada(s) área(s).Isso demonstra que é possível também a sua utilização no campo da ufologia. Permitindo mostrar a potencialidade específica ou geral de um sistema regional no qual são formadas por inúmeras camadas de mapas que exibirão informações dos ambientes naturais, sociais, aéreo-espaciais e outros.
O sensoriamento remoto tornou-se outra peça fundamental para análise e interpretação das condições naturais de um determinado espaço. A variedade de informações contidas nas fotografias aéreas e imagens orbitais têm motivado o crescimento de especialistas no seu estudo. O que se ver atualmente é a sofisticação e melhor qualidade nas imagens obtidas. Se consegue uma análise de uma área qualquer estabelecida, extraindo-se um maior número de informações captadas. Isso se deve ao fato dos equipamentos ser dotados e disponibilizados de sensores que registram além do campo visual humano.

A informática disponibiliza amplos recursos. Fonte: Site e-Geo /2005

Existe um enorme potencial de recursos disponíveis na atualidade, que o pesquisador fica às vezes confuso em que linha trabalhar. Muitas vezes ele acha que pode abranger um leque de informações bem maior do que sua capacidade de interpretação. Daí corre o risco da superficialidade e não profundidade em seu campo de estudo. Requer um certo tempo, para que as idéias tomem o rumo, e os resultados esperados estejam de acordo com o seu planejamento.
Imagina-se o potencial de um projeto ou trabalho onde estão disponíveis mapas, plantas e (ou) carta,modelagens 3D e outros, exibindo-se informações de aspectos geográficos,biológicos, sociais, estratégicos, tipológicos etc. Tal informação será um valioso leque amplo de situações para planejamento de pesquisa de campo, entendimento dos contatos, área que demonstram riscos de observação, incursão ou rota dos ufos,recursos naturais disponíveis, características populacionais e assim por diante. A habilidade em separar estas informações, e então combiná-las com outras, oferecerão um grande potencial como ferramenta de pesquisa e apoio à tomada de decisão. Seja por parte individual ou grupal.
Hoje, os aspectos metodológicos e práticos de estudos geográficos, demonstram a necessidade constante de adaptações e aprimoramento para a nossa realidade ou uma nova (ufológica). O levantamento de informações para um trabalho, seja específico ou não, requer um constante amadurecimento nas idéias, formas e questionamentos que visem alcançar além dos resultados aguardados. Que seja semeador de projetos futuros, e permaneça lateralmente aliado com os objetivos de uma melhor humanidade. Contribuindo harmonicamente com o homem e a própria natureza. Visando um contato futuro e definitivo com outras raças que entendem melhor talvez, todos esses processos que passamos ou ainda iremos ultrapassar.

 

* Flávio Tobler  é membro da UPUPI, Técnico eletrônico, Geógrafo e especialista.
Outros artigos acesse: http://www.upupi.com.br/

NÚCLEO DA UPUPI
Novembro-2006