INVASÃO SILENCIOSA EM JOSÉ DE FREITAS-PIAUÍ

1. Contagem regressiva

Estar mais uma vez em José de Freitas é um privilégio, visto ser uma região endêmica de ocorrências ufológicas, e deixam no ar tantas perguntas e poucas respostas. Muitos são os anos de incursões dessas naves ou objetos desconhecidos que parecem enraizar em seus “roteiros” de pesquisas ou abordagens, uma área que parece tornar-se território de seus objetivos tão obscuros e silenciosos como sua própria forma de abordar na “calada da noite”.

Objetivando verificar a evolução destas ocorrências e de tentar comprovar em forma de registro as aparições destes objetos, a UPUPI se deslocou para a fazenda Vinagreira (José de Freitas) que fica a uns 40 Km da referida cidade no sentido norte, perfazendo desde Teresina um percurso aproximado de 90 Km. Detalhes maiores da referida cidade e fazenda podem ser conferidos em outro artigo publicado anteriormente e disponível em nossa página (UPUPI.COM.BR). A propriedade é o ponto de apóio e de partida para novas pesquisas que devem se intensificar gradativamente, permitindo assim encontrar caminhos e respostas que levem mesmo que de forma teórica, para o âmago da questão.

O grupo mesmo com as dificuldades que o percurso parece impor, pelo fato da jornada mostrar alguns obstáculos que são característicos das condições de rodovias nordestinas, sempre teve o ânimo de vencê-las e mais que isso, o compromisso com a verdade, a ética e coerência. Objetividade e persistência é nosso lema, carregamos a bandeira que representa não um Estado ou uma Nação, mais simbolicamente um planeta que amamos e respeitamos. Desejamos compreender a fenomenologia ufológica, seja ela aberta (supostos contatos amigáveis) ou obscura. Não podemos nunca, deixar que outros venham, interfiram e modifiquem seja num ambiente restrito ou em larga escala, sem que seus rastros nos demonstrem que rumos seguem. A trilha torna-se a prova, o vestígio que colhemos neste percurso, faz-nos pensar que mais cedo ou mais tarde alcançaremos nossos objetivos assim como um carro veloz ultrapassa um menor, pode o mais fraco alcançar quando os “imprevistos da vida” determinam a parada, a quebra e atropelos daqueles que se julgavam inalcançáveis.

2. Sinais: encontros e experiências com o fenômeno

Conforme o combinado, e já previamente autorizada a nossa estadia naquela fazenda, o grupo se reuniu num sábado, 09 de julho de 2005 no Shopping Riverside em Teresina, e partiu às 16:30 hs para o ponto de vigília naquela propriedade. Por volta de 18:00 horas chegamos ao local de destino. As condições meteorológicas indicavam um tempo parcialmente nublado com indício de uma noite completamente escura e sem estrelas. Saciamos nossas carências físicas num delicioso jantar e mais tarde num estimulante café que prepararia-nos para uma longa jornada de vigília com já é de praxe. Sentamos à porta daquela aconchegante propriedade já bem familiar e traçamos estrategicamente os principais detalhes referentes às observações noturnas. Conversamos com o encarregado da fazenda, Senhor Deusdete, que nos atualizou sobre fatos mais recentes e nomes dos possíveis entrevistados para o dia seguinte. Logo após preparamos nossos equipamentos e nos dirigimos para uma área que fica à frente da fazenda Vinagreira. Como a distancia entre os dois pontos estava a nosso favor, levamos algumas cadeiras que serviram de suporte para uma noite bem mais agradável do que outras vigílias passadas.

O tempo “fechou” algumas vezes, permitindo que uma leve chuva caísse, mais não desanimando o grupo. Algo nos dizia que mais tarde tudo mudaria. De fato as estrelas “voltaram” e o espaço negro se fez iluminado e eterno, o qual passamos a contemplá-lo. A região é povoada, onde se aglomeram algumas casas em espaços sucessivos, formando os mais variados nomes. Aos pouco íamos vendo as luzes desses lares apagarem-se, deixando apenas o foco de nossas lanternas brilharem rumo ao firmamento. Estávamos de fato tentando atrair a atenção dos “visitantes noturnos” que tanto tem assustado aqueles moradores. Estes já evitam andar sozinhos ou em dupla, e quando o fazem ficam atentos para qualquer chegada destas “luzes” ou “aparelhos” terem tempo suficiente para se esconderem nas conhecidas “moitas”.

Nossa vigília foi um espetáculo de “estrelas cadentes” ou meteoros (meteoritos). Nunca tínhamos presenciado tamanha queda destas pedras incandescentes. Fato se deu porque se aproximava do mês de Agosto, onde o Planeta Terra passa perto do cinturão de asteróides. Algumas explodiam no ar, causando uma luminosidade radiante e magnífica. Observamos também muitos satélites artificiais e trajetórias distantes dos aviões que seguem para Teresina-PI. A grande surpresa estava reservada somente próximo ao amanhecer. Pelas 5:00 hs aproximadamente, no sentido Leste-sul acendeu algo muito suspeito que não conseguimos caracterizá-lo. Esta luz alternou-se por três vezes, em espaços distintos, de forma que o seu registro em nossos equipamentos tornou-se difícil. A curiosidade nos motivava a tentar saber qual sua trajetória, distancia, altura e outros pontos que seriam difícil com o olho pela câmera. Achávamos que chegaria bem mais perto e assim conseguiríamos melhor registro. Fato que não se deu. Não sei se sabiam que estávamos lá, achamos que sim, fizemos sinalização várias vezes mais sem êxito.

Talvez não fosse o momento e ocasião certa. Durante aquela noite, ouvimos som de uma festa não muito distante. Isso pode ter atraído uma atenção especial, já que ao final da mesma, muitos são os que se dirigem para os seus lares nos mais diversos itinerários, tornando-se “cobaias” fáceis para as incursões alienígenas. Outro fato que contribuiu para não termos uma experiência mais significativa, é que o fenômeno ocorre com maior intensidade no verão (período seco e sem chuva aqui no Piauí) ou pelos meses do “bro” (ex: Setembro).

Depois do amanhecer demonstrar seus primeiros sinais de luminosidade, retornamos a fazenda para descansarmos um pouco, e após o café matinal começamos nosso trabalho de entrevista e reconhecimento de algumas áreas. Alguns casos novos se inserem a seguir e tornam-se partes de uma longa pesquisa que demonstra colher frutos e sinais ainda mais promissores.

3. Os relatos se multiplicam

Por ser uma região muito ampla com diversos povoados, estima-se que as ocorrências sejam bem maiores do que imaginamos. Fatos bem marcantes estão registrados em vídeo e artigo publicado anteriormente. A intenção principal seria verificar se os entrevistados no passado, continuariam a presenciarem as aparições dos “aparelhos” noturnos. Curiosamente ainda não evidencia nenhum relato diurno, o que leva a novas suposições que serão tratadas em outras oportunidades.

A primeira residência a ser visitada pertence ao senhor António Gonçalves (58 anos), lavrador e morador vizinho à fazenda vinagreira. Este já havia nos relatado anteriormente que perdera a conta de quantas vezes presenciou e ainda acompanha certos avistamentos. Só para recordar, este esteve pelo menos três vezes bem próximo do óvni, e compartilhou estas experiências com outros, inclusive incrédulos da fenomenologia até aos acontecimentos dos fatos. Desta vez fomos recebidos pela sua esposa que aqui definiremos como “Maria”. Haja vista que seu esposo havia saído para arrancar mandioca numa roça próxima dali. Nosso tempo era restrito e preferimos dialogar um pouco com a referida contatada. Relembrou fatos narrados pelo Sr. António e confirmou a trajetória do aparelho visto da porta de sua residência que sempre é visível nos períodos indicados anteriormente.

Ficamos surpresos com revelações feitas por ela referente a sua infância. Lembra perfeitamente de que seu pai sempre dizia, isto já há muito tempo, que viria um povo diferente para “tirar sangue da gente” e utilizá-lo na sobrevivência desta raça. Nesta época nem se falava de manifestações ufológicas naquela região. Isto nos chamou atenção, porque sempre que entrevistamos pessoas seja em que localidade for, o medo se ampara na cogitação de que estes “aparelhos” retiram sangue de suas vítimas, o chamado efeito “chupa-chupa” que tanto aterrorizou o Maranhão e Pará na década de 70.

Estes relatos parecem que continuam, Maria contou-nos que um parente seu foi vitima deste efeito, mas numa localidade próxima ao município de Esperantina-PI. Na ocasião foi encontrado desmaiado numa estrada. Levado para o hospital mais próximo, diagnosticou-se uma perda muito grande de sangue. A vítima levou um tempo para se recuperar e hoje se torna uma fonte de informação que será checada numa oportunidade vindoura. Existem acontecimentos semelhantes e mais trágicos descritos no artigo sobre Parnarama-MA e que você confere em nosso site.

Observamos que a casa possui uma estratégia importantíssima para avistamentos, já que visualmente nos dar uma imagem em grande angular. E cogitamos em nossa próxima estadia uma vigília na varanda desta residência. Simulando talvez as inúmeras experiências que o referido casal acostumaram-se.

O grupo se atualizando dos fatos e conhecendo a região. Fonte: UPUPI (2005)

Deslocamos para outras residências no sentido sul, já que estava em nosso roteiro de volta, e embora cansados de uma noite acordada pelas observações noturnas, pretendíamos ter uma visão geral dos fatos ufológicos. Quanto à comprovação do fenômeno está ocorrendo na região não havia dúvida, nossa intenção maior era romper a barreira do avistamento, ou seja, aparições diurnas, pousos ou outra coisa maior. O povo é hospitaleiro mais um pouco desconfiado a principio, e somente no decorrer das conversas é que curiosidades tomam conta de um cenário tão natural para o grupo. Como equipe, era a primeira vez que a UPUPI estava na região, já que este narrador esteve em outra oportunidade passada. As conversas foram rápidas, queríamos avaliar não somente a intensidade, mas também a extensão do fenômeno no percurso de volta. De fato uma pesquisa profunda envolveria dias e a distribuição da equipe para roteiros diversificados, isso se dará a nível gradativo e ao longo do tempo. Sentimos na região um potencial de informações, estas que podem gerar novas teorias e o começo de novos sinais, estes oriundos de almejadas respostas.

A equipe esclarecendo a fenomenologia da região e novas revelações. Fonte: UPUPI (2005)

Estivemos conversando com José Calázio, morador daquela região, onde um fato interessante ocorreu com sua esposa e filho (sem autorização não divulgaremos os nomes). Conta ele que os dois iam para casa de um conhecido próximo dali, quando perceberam uma luminosidade no solo. Correram para o mato e abaixaram-se. O garoto especulou várias vezes para sua mãe se deveria gritar, sendo repreendido por ela. Trataram de andar bem mais depressa, e no percurso de volta em tempo mais tarde, resolveram verificar o local onde a suposta luz estivera pousada. Perceberam então marcas de pés pequenos, como de crianças no solo, e ficaram questionando quem deveria ter passado por ali. As imagens desta entrevista ficaram disponíveis em outra oportunidade, pelo fato de nos aprofundarmos nesta questão brevemente.

Sr. Inocêncio (75 anos) foi outra figura que tínhamos informação de uma experiência fora do comum naquela região. Motivado por razões próprias não relatou seu principal envolvimento com o fenômeno. Contou-nos apenas o que já é característico da grande parte daqueles moradores, ou seja, o avistamento do “aparelho”.

Fatos foram omitidos pelo Sr. Inocêncio motivados pela desconfiança. Fonte: UPUPI (2005)

Tivemos nesta jornada, apenas 3:00 horas aproximadamente para colhermos estas informações, visto que o objetivo geral desta primeira viagem oficial do grupo aquela região era pernoitar e tentar um contato. Ao nosso favor apenas a noite que se tornou estrelada bem mais tarde e o apoio da fazenda. Contra nós pesavam três condições básicas de um bom avistamento: dia, hora e lugar certo. Certamente aquele era o lugar ideal para um encontro fora do comum, mais o período marcante das ocorrências começa no verão, estimulando o nosso retorno para sucessivas viagens. Estas indicarão com certeza, que além de todos os caminhos levarem a Roma, também os “atalhos” permitem que os “excursionistas do espaço” cheguem a grande região de José de Freitas.

A seguir algumas imagens que nossa lente registrou durante o percurso até a fazenda Vinagreira. Desde já agradecemos ao seu proprietário Doutor Deusdete que gentilmente nos cedeu sua propriedade par nossa estadia. Embora não estivesse presente, fomos recebidos com bastante carinho pelos seus moradores. Também estendemos aqueles que compartilharam suas experiências conosco, contribuindo dessa forma para a tão intrigante fenomenologia ufológica Piauiense.

A região é marcada por cenários característicos do Nordeste. Fonte: UPUPI (2005)

Estrada que leva a fazenda. O rio Maratoam é palco de perseguições de ufos.Fonte: UPUPI (2005)

Equipe Envolvida
na Pesquisa

À frente Igor Patrik, Flávio Tobler e Alberto à esquerda.
Wilson e Israel à direita.
Redação: Flávio Tobler
Apóio informativo: Igor Patrik

Núcleo da UPUPI - Agosto de 2005


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